terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A dança das horas ...

As vezes me sinto um velho
Fantasiado fisicamente de juventude
Pois "esqueço" de poder ter o não-senso que é a impulsividade
E me corrói o futuro
Tenho sintomas de uma alma morna-fria
Mas a pele ainda me é quente
Eu presumo que a beleza me inunde
Mas ao vê-la, dela duvido pois é efêmera
Penso.Penso.Penso. Não deveria.
E me assusto quando as palavras à boca me gritam
Muito movimento me assusta
Mas, em contrapartida, muita calma não me apraz
Não sei se envelheci e meu corpo não me acompanha
Mas tento continuar fresco nas alheias memórias
Memórias que ao tempo esquecem
Ao passo que sei que por dentro as horas se passam
Por fora, rezo para que as primaveras se alonguem
Gostaria de acertar este ciclo
Para me acertar comigo, em mim.
Enquanto esta destemperança do "ser" insistir em "estar"
Estarei eu vivendo. Com mais - menos anos.



Roberto Donadelli
Segunda, 8 de fevereiro de 2010.

Um comentário:

Unknown disse...

Que triste... mas profundo!!!....