terça-feira, 16 de outubro de 2012

ATÉ QUE PONTO "MORRER" NÃO É, NA VERDADE, "SE MATAR" ...

Endossando o momento "filosofia",estava eu acá pensando: até que ponto a gente não se mata, além do pouco que se morre a cada dia? Confuso, não? Bem, a ideia me é mais simples: nós normalmente morremos um pouco a cada dia (ou vivemos; depende do ponto de vista).  A questão é o quê e quanto nós fazemos diariamente para nos matar. Anda comendo muita gordura? Tá se matando! Fuma? Tá se matando! Bebe excessivamente? Tá se matando!

O que acho mais interessante é a visão religiosa sobre o ato de "se matar" que é tão superficial quanto tantos outros conceitos advindos de dogmas. Religiões como o judaísmo ou o espiritismo condenam, cada um da sua forma, o ato de retirar a própria vida. Se uma pessoa se suicida, sendo judeu, não poderá ser enterrado em solo sagrado - nos cemitérios judeus. Se uma pessoa tira a própria vida, no conceito espirita, passará a ser um espirito perdido, revoltado e sem luz. Um suicida católico, até pouco tempo, não tinha direito a missa de 7º dia.

Mas, até quando uma cirrose causada por excessos alcoólicos não é um suicídio? Até que ponto o ato de fumar também não é um suicídio diário? Morrer por câncer nos pulmões, quando causado pelo tabagismo, não é também uma forma de suicídio? A cada dia temos uma pequena morte. Mas, o cuidado da vida deve ser em tentar diminuir nossos pequenos  passos ao suicídio.

Ainda assim, reconheço a força de quem admite que suas esperanças e expectativas tenham chegado ao fim e optam por encerrar a própria vida. Não posso dizer que acho isso legal, mas, no mínimo, a pessoa que o faz tem muita coragem.



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